Se eu tivesse que mudar algo em mim, esse algo seria a velocidade com que formo expectativas a partir de fatos que podem acontecer, fatos que rapidamente quero que aconteçam, e quando penso que esses se aproximam, as expectativas se formam como se minha cabeça estivesse dizendo: ''É agora, nada pode dar errado, nada vai dar errado'', expectativa, ansiedade, felicidade, misture ambos e o resultado é frustração. Me sinto como se tivesse perdido um jogo, que no último segundo do mesmo, levo um gol letal, fatal, não tem explicação, tenho que me dar por vencido mais uma vez, adiar que minha expectativa vire realidade.
Estava próximo, eu já podia ver, sonhar, tocar, imaginar, e mais uma vez a vida vem e diz: ''Não, não é agora''. E nessa hora começo a ser paciente com meu próprio psicológico que grita silenciosamente, a expressão facial do meu rosto não deixa dúvidas, algo aconteceu, mas por pior que eu esteja, direi que estou bem, tem horas que não dá pra mentir, entretanto é mais fácil, não gosto de explicar o porque de estar mal.
Vivo a frustração como se fosse a primeira, ou seja, como se fosse a que mais doeu, consigo até me esquecer das outras que tive, mas, tudo bem.. Me reerguerei de novo, tenho escolha, tenho opção a não ser continuar forte ? É, não tenho. Essa guerra já está me cansando, na verdade já está me matando, pior.. Me torturando aos poucos. É, faz parte. Tantas vezes falo isso no meu dia a dia que até perdi as contas.
Enfim, sigo. Estrada que sigo a pé, calor, chuva, tanto faz, sigo assim mesmo. As vezes me canso, paro, penso, mas sigo. Deixa como está, a vida vai concertando, me testando, testa a todos e eu não seria excessão, uns desistem, preferem pular de um andar alto de algum prédio, outros persistem, se machucam, entretanto o final é sempre o mesmo, sempre o mesmo.
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